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A hipotermia é uma condição séria na qual a temperatura corporal cai para um nível anormalmente baixo. Ocorre quando o corpo não consegue produzir calor suficiente para neutralizar o calor que perdeu.

A parte do cérebro que controla a temperatura do corpo é chamada hipotálamo. Quando o hipotálamo reconhece mudanças na temperatura corporal, inicia reações corporais para trazer a temperatura de volta à linha.

O corpo gera calor durante os processos metabólicos de rotina nas células que suportam funções vitais do corpo. A maior parte do calor sai do corpo da superfície da pele com processos de convecção, condução, radiação e evaporação.

Se o ambiente esfriar, o corpo vibrará. Esse aumento da atividade muscular produz mais calor. No entanto, se o corpo perder mais rápido que o calor, a temperatura central cairá.

Quando a temperatura cai, o corpo remove o sangue da pele para reduzir a quantidade de calor que escapa. Em vez disso, direciona o fluxo sanguíneo para os órgãos vitais do corpo, como coração, pulmões, rins e cérebro. O coração e o cérebro são sensíveis às temperaturas mais baixas e a atividade elétrica nesses órgãos diminui quando esfria. Se a temperatura do corpo continuar a cair, os órgãos começam a se deteriorar, resultando em morte.

SINTOMAS DA HIPOTERMIA

À medida que a hipotermia aparece, fica mais difícil pensar, agir e agir preventivamente. Isso é perigoso porque significa que as pessoas com hipotermia não querem se manter aquecidas e seguras, e a medida em que a temperatura corporal diminui e a pessoa para de tremer, é um sinal de que sua condição está piorando. O indivíduo corre o risco de adormecer e morrer.

TRATAMENTO DE PRIMEIROS SOCORROS EM CASO DE HIPOTERMIA

  • Se possível, leve a pessoa para um local quente e seco
  • Tire a roupa molhada, corte as peças quando necessário
  • Cubra todo o corpo e a cabeça com um cobertor, deixando apenas o rosto aberto
  • Coloque um cobertor no chão para isolar a pessoa
  • Monitore e realize RCP em caso de parada respiratória
  • Se possível, envolva você e o indivíduo em um cobertor para transferir calor
  • Forneça bebidas quentes se a pessoa estiver consciente

É vital não usar calor direto, como lâmpadas de calor ou água quente, pois pode danificar a pele. Também pode desencadear batimentos cardíacos irregulares e potencialmente causar parada cardíaca. Não esfregue ou massageie a pessoa também, caso contrário, esses movimentos estridentes podem causar parada cardíaca.

HIPOTERMIA EM PROVAS DE ÁGUAS ABERTAS

A FINA determina que a temperatura da água deve estar entre 16º C e 31ºC, e o uso do traje de neoprene é proibido (sendo liberado apenas em provas onde a água esteja abaixo dos 16ºC. Através de estudos, a FINA objetiva determinar quais os trajes poderão ser utilizados na água acima de 16ºC e abaixo de 20ºC. Regularmente, a FINA edita sua lista de marcas aprovadas a cada ano, pelo menos 06 meses antes dos Jogos Olímpicos, devendo as mulheres usar o maiô e os homens sunga, bermuda ou trajes tecnológicos aprovados pela FINA.

Um dos principais riscos relacionados a alguns eventos de natação em águas abertas é a hipotermia, que ocorre quando existe uma queda brusca na temperatura corporal sem uma adaptação ideal ficando abaixo de 35ºC, podendo provocar arritmia cardíaca. E parece haver um consenso de que a alimentação adequada durante um evento de natação em águas abertas e a capacidade de manter a temperatura corporal em níveis adequados são determinantes para o sucesso em competições com águas frias com temperaturas próximas ou abaixo dos 20ºC. A maioria do atletas que competem em provas oficiais em temperatura abaixo dos 20ºC apresentam quadro de  hipotermia leve (34ºC-35ºC) ao término de um evento, mesmo realizando uma alimentação adequada, recebendo várias cargas de carboidratos durante a prova. Mas em sua grande maioria nenhum atleta acaba apresentando temperatura central abaixo dos 34ºC.

Assim uma grande maioria de treinadores acaba aconselhando que nadadores de águas abertas devem ter um percentual de gordura aumentado, para uma melhor manutenção da temperatura corporal, inclusive existem estudos que sugerem que nadadores mais magros são incapazes de manter a temperatura central acima do limiar da hipotermia, quando expostos a águas frias por longos períodos. No entanto não são encontradas diferenças na soma das dobras cutâneas entre atletas da elite americana de águas abertas e de piscina. Embora a maioria dos atletas apresentem quadros de hipotermia leve em provas oficiais, existem poucos relatos de abandono de prova decorrente deste quadro.

Assim observamos que os mecanismos de controle envolvidos com a regulação da temperatura corporal de nadadores de águas frias têm funções termoregulatórias que os diferem de indivíduos não adaptados ao frio. Essa capacidade termoregulatória não está diretamente ligada ao percentual de gordura mais elevado dos nadadores de águas frias, mas sim a funções sensoriais modificadas de seus centros termoregulatórios hipotalâmicos que reduzem a perda de calor durante a exposição ao frio. Além disso, nadadores de águas frias mostram uma capacidade aumentada de produção de calor sem tremores.

A capacidade individual de desenvolver uma adaptação ao estresse ambiental pode ser crucial para que um atleta consiga completar uma prova de natação em águas abertas, mantendo alto nível de desempenho. Ao nadar na água fria, as defesas fisiológicas contra a perda de calor em ambientes frios são: vasoconstrição periférica do sangue e o aumento da produção metabólica de calor via exercício e termogênese. A hipotermia ocorre no contexto da perda líquida de calor e, na natação em águas abertas, está amplamente relacionada à maior condutividade térmica da água e permite o resfriamento a uma taxa de três a cinco vezes mais rápida, o que significa que a hipotermia pode ter um início mais rápido nos atletas da natação em águas abertas.

A hipotermia é um fenômeno comum em atletas de elite que competem em águas relativamente quentes de água, portanto a hipotermia pode e deve ser uma preocupação importante em competições de águas abertas e a medição da temperatura central pode ser um interessante fator de prevenção para a não evolução do quadro de hipotermia.

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